Toda aldeia possui um “tuxaua”, o chefe do lugar, pessoa que está investida de autoridade para resolver desavenças e conflitos internos, convocar reuniões, marcar festas e rituais, orientar as atividades agrícolas, mandar construir casas etc. Cabe ainda ao “tuxaua” hospedar os visitantes demonstrando a sua generosidade e procedendo à função cerimonial de oferecer çapó (guaraná em bastão ralado na água), bebida cotidiana, ritual e religiosa, que é consumida em grandes quantidades.
Ao “tuxaua”, como a qualquer chefe de família extensa, compete também administrar os interesses de sua própria família, responsabilidade que ele assume de modo incisivo, principalmente quando se trata de solucionar desavenças e determinar as atividades agrícolas e comerciais. Ele também administra os interesses das outras famílias extensas e elementares que aí residem, mas nesse caso, fá-lo de forma mais flexível. Deste modo, é possível dizer que a unidade mínima constitutiva da aldeia é sempre a família extensa do “tuxaua”.
Sem comentários:
Enviar um comentário