
Os Sateré-Mawé são organizados sob a autoridade do chefe da família
extensa, que aí reside com as famílias dos seus filhos e os seus netos. O chefe
da família extensa organiza a produção do sítio, orientando as atividades
econômicas dos seus filhos e genros.
Os sítios são um domínio privado, onde a terra e os demais recursos da
natureza são apropriados pelas famílias elementares, que se submetem à
autoridade do chefe do grupo familiar, tradicionalmente reconhecido como o dono
do lugar.
Assim, o sítio é o grupo local, funcionando como unidade básica da
organização política e económica dos Sateré-Mawé, podendo vir a transformar-se
em aldeia quando o número de famílias elementares aumenta ou quando,
independentemente disto, o seu chefe passa a ser visto como um “tuxaua”.
Atualmente, a maior parte das aldeias obedece ao
traçado de um arruado, semelhante aos povoados da região. Aí, encontramos as
residências das famílias elementares, as cozinhas, os portos, igrejas de
diferentes congregações, a escola e enfermaria. Nos arredores das aldeias
localizam-se as roças de mandioca, os guaranazais, os pomares e demais plantações,
que pertencem a cada família elementar.
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